terça-feira, 28 de setembro de 2021

Se meu mundo acabou, acabou-se o mundo: uma leitura de "Dentes ao sol", de Ignácio de Loyola Brandão

 No último dia 21 de setembro, participei de uma mesa redonda promovida pela Unesp de Rio Preto no evento do Programa de Pós-Graduação em Letras sob o tema "Literaturas e o fim do mundo". Embora eu tenha podido falar sobre o livro mais intrigante de Ignácio de Loyola Brandão, Dentes ao sol, praticamente um tributo a Oito e meio, de Fellini e uma premonição sobre Cinema paradiso, de Tornatore. A meu ver, trata-se de um estudo do processo criativo não de um homem bem sucedido que, mesmo sem querer, corta laços com suas origens, mas de outro que nunca se conformou em não ser reconhecido pelo seu talento e cujo mundo rui a olhos vistos por não ter escolhido um futuro ao qual perseguir. Fui o último a falar e ainda fui convidado a responder uma questão sobre o fantástico que me foi colocada mais tarde. Acho que me alterei um pouco, mas não a ponto de ofender quem quer que seja.