terça-feira, 23 de maio de 2023

Fritz Lang Metropolis 2027... Denis Villeneuve podia encarar essa, não?

 


 Bonjour, ça va?

Como sabem, sou grande fã de ficção científica e um dos filmes que mais me impressionou no gênero foi Metropolis, do diretor alemão Fritz Lang, lançado em 1927. 

Sabemos muito bem como a indústria cinematográfica funciona e, aproximando-se o ano cujas previsões foram feitas há quase 100 anos, fica a pergunta: haverá um remake?

Na minha modestíssima opinião, caso isso ocorresse e a mim fosse dado o direito de votar, eu escolheria Denis Villeneuve para a tarefa da direção. Depois dos cenários megalíticos de seus filmes de ficção científica, como Duna, Bladerunner 2049 e A chegada, eu simplesmente acho que aquela cidade gigantesca, como os edifícios zigurates, piramidais e em zig-zag, ficariam magníficos a partir de sua visão e produção.

Só devaneando...

À +

quinta-feira, 9 de março de 2023

I DEFLE (Universidade Estadual de Maringá-PR): cadernos de resumos

 

 


Bonjour à toutes et à tous,

Segue abaixo o link para os cadernos de resumos das comunicações e das paletras do I DEFLE (Didática de Ensino de Francês Língua Estrangeira):



À +!


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

I Evento Didática de Ensino de Francês Língua Estrangeira (I DEFLE) - Palestras

 

Inscrições até 03/03/2023

 

Atividades online

13h às 17h – comunicações

Atividade presencial (Bloco G34, auditório do DTL)

19h30  Didática de Ensino de Francês Língua Estrangeira

            Profa Ana Paula Guedes

20h      “La classe inversée” em aulas de FLE: uma metodologia ativa de aprendizagem

            Profa Luiza Prevedel

21h      Relato de experiência: percurso acadêmico/profissional e vivência no exterior (França e Canadá)

            Profa Aline HitomiSumiya

 

Instruções para envio de resumos e inscrições:

http://avangardix.blogspot.com/2023/01/1o-evento-defle-didatica-de-ensino-de.html?m=1

 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

1o Evento DEFLE: Didática de Ensino de Francês Língua Estrangeira - UEM 2023

 
Inscrições até 03/03/2023

O evento "Didática de Ensino de Francês Língua Estrangeira" (DEFLE) nasce da diversidade envolvida pelo processo de ensino da língua francesa. O currículo do curso de Letras/ Português-Francês e a amplitude de seus componentes curriculares interdisciplinares iniciam os estudos vertentes sobre a didática de ensino de línguas, porém, os resultados advindos dos trabalhos acadêmicos e das pesquisas científicas envolventes do tema são pouco difundidos na formação inicial acadêmica. Normalmente, as discussões e suas divulgações limitam-se aos trabalhos de pesquisadores com vínculos institucionalizados por projetos específicos. Assim, o DEFLE pretende organizar espaços em que acadêmicos e docentes possam compartilhar seus conhecimentos e reflexões sobre os variados campos da didática do ensino de línguas, em especial, da língua francesa: psicologia, cultura, linguística, literatura, arte, dentre outros que estejam intimamente correlacionados com a complexa cadeia de elementos do campo do ensino de línguas.Trata-se de um espaço acadêmico especial aberto aos acadêmicos, egressos e professores do curso de Letras/ Português-Francês preocupados com a formação professoral e sua contribuição para a comunidade científica e para a formação continuada. Pretende-se congregar os assuntos afeitos à realidade escolar do ensino de língua francesa nos seus diversos contextos: entidades e ou escolas estaduais, particulares e de formação universitária.

Formulário de Inscrição 

Formulário para envio de Resumos

Formulário para o envio de Artigos

Maiores Informações: defle2023@gmail.com

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

O homem que frutificou (2)

             Fiquei na conveniência do posto de gasolina na esperança de que alguém, desesperado para abastecer e fugir da cidade deserta, aparecesse por lá. Passaram-se semanas até que eu percebesse que estava consumindo comida teoricamente inadequada para seres humanos por estarem depois da data de vencimento. Vários animais apareceram por lá: gatos, cachorros, pássaros, lagartos... Achei que era hora de pegar um dos veículos mais preparados para enfrentar distúrbios civis (no caso de zumbis e animais grandes, fortes e perigosos), abastecê-lo ao máximo e levar alguns galões no porta-malas. O máximo de conservas alimentares que ainda pudessem ser consumidas e verificar se algum sistema de localização por satélite ainda estaria funcionando.

            Depois de estar lotado de provisões, abastecer um veículo blindado, cuja chave achei num monte de cinzas humanas, perguntei-me sobre qual direção seguir, quando tive a ideia de ligar o rádio e ficar sintonizando aleatoriamente até achar algum pedido de socorro ou algum convite para me esconder. Depois de horas consumindo minha provisão de ovos de codorna, picles, tomate seco e cerveja, percebi uma voz distante em outro idioma que eu não conhecia. Continuei ouvindo e tive a impressão de que a mesma mensagem estava sendo enviada em mais de um idioma, até que a ouvi em mais de um idioma que eu rudimentarmente conhecia e tive certeza: alguém estava tentando contactar sobreviventes. Quando finalmente a mensagem foi dada num idioma que eu conhecia, era uma instrução para que eu fosse até o aeroporto mais próximo e realizasse operações que eu não entendi, mas supus que entenderia se estivesse diante dos ditos equipamentos necessários.

            Para minha sorte, a cidade em que eu me encontrava possuía um aeroporto e para lá fui em meu carro blindado me empanturrando de comida em conserva para o caso de ser uma armadilha: ao menos, morreria de barriga cheia!

terça-feira, 22 de novembro de 2022

O homem que frutificou (1)

 

(2030 – 2150 d. e. c.)

 

            A cúpula do céu se partiu como se uma lâmina cega, movida por uma força desconhecida a movesse impiedosamente. Dessa rachadura, fagulhas incandescentes desceram incendiando o ar, sufocando as pessoas para depois as incinerar. Sentindo que minha morte se aproximava, dei-me meu último prazer, o de invadir uma loja de conveniência de posto de combustíveis, consumir o máximo possível e sair – evidentemente, morto – sem pagar. Porém, enquanto eu engolia ferozmente a segunda garrafa de cerveja e as pessoas esfarelavam como cigarros já fumados, eu ainda estava consciente para abrir a terceira. O que diabos teria acontecido?

            A primeira coisa que me passou pela mente, foi o óbvio: um ataque nuclear. As tais bombas de nêutrons, que eliminam apenas seres vivos, mas preservam a infraestrutura do território atacado, para posterior ocupação pelo exército vencedor. Entretanto, uma questão permaneceu em minha mente enquanto eu abria a quarta garrafa: considerando a covardia e a corrupção dos nossos militares, por que alguém despejaria um poderio desses contra nosso entreguista Ministério da Defesa quando seria mais fácil (e barato) depositar alguns dólares nas contas de meia dúzia de generais?

            Durante o consumo da quinta garrafa, pensei "se eu sobreviver a isto, vou tentar descobrir quem foi o responsável pelo extermínio de quase toda a população humana, sim, somente humana (depois descobri que não foi só isso, mas aí já é adiantar demais os fatos) e provar que foi obra de extraterrestres, pois humanos nunca desprezam a possibilidade de fazer escravos". Um pensamento longo e complexo, mas um discurso honesto em relação ao que passei. Sério mesmo.

            No decorrer da sexta garrafa, pensei "E se for uma nova tecnologia que nos pega desprevenidos dormindo e nos mete numa aventura virtual, transmitindo nossas decisões para o resto do mundo sem pagar direitos autorais?" Precisei dar uma mijada, pois seis garrafas deixam uma bexiga humana sem condições de permitir ao cérebro um raciocínio sério. Quando fui ao caixa pedir a chave do banheiro (no meu então país era assim), lembrei-me de que não haveria a quem pedir chaves e urinei sobre a bomba de combustível mais próxima, como um cachorro que marca seu território sobre objetos verticalmente superiores, sabe-se lá por quais razões.

            Enquanto eu esvaziava a bexiga, pensava nos pássaros e insetos que circulavam ao redor, bem como em cães e gatos desorientados que passeavam ao redor do posto de combustíveis e concluí que foram, sim, alienígenas quem racharam nossa abóbada celeste e que eu, por alguma anomalia genética do meu corpo ou do malte que compunha a marca de cerveja que eu tomei (se quiserem me patrocinar, ponho a marca aqui), eu era o único humano vivo nas imediações.

            Em uma hora tudo tinha voltado ao normal. Exceto o fato de não haver mais humanos vivos (não que eu pudesse perceber) nem desastres tecnológicos devidos à falta de manutenção humana, como naquele filme Quiet Earth. Pensei "bom, por enquanto posso viver do que tem nessa conveniência, mas será que não há mais gente que, como eu, não sobreviveu a esse evento?"